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Corteva aumenta investimento na área de biológicos


Completando cinco anos de existência, a Corteva, contém marcas centenárias no portfólio, vindas da fusão entre Dow e Dupont. A empresa acredita que o Brasil é o país mais maduro no mundo para a adoção de produtos biológicos e um dos mercados que mais receberá investimentos em “químicos sustentáveis” nos próximos anos.

De acordo com o CEO global da companhia americana, Chuck Magro,a empresa lançará nove ingredientes ativos novos na próxima década e que grande parte deles foi pensada para o mercado brasileiro.

Para se ter uma ideia, o custo de desenvolvimento de cada ingrediente ativo, segundo a empresa, gira em torno de US$ 300 milhões. Entre os lançamentos está um produto voltado ao combate da ferrugem asiática, a doença que mais causa perdas aos produtores de soja. O produto, que o executivo definiu como “blockbuster” (sucesso), está em processo de registro, aguardando aprovação dos órgãos regulatórios do Brasil.

A divisão de biológicos, a que mais cresce dentro da companhia, especialmente após a aquisição da espanhola Symborg e da americana Stoller, também aposta no Brasil para crescer, com lançamentos de novos produtos, principalmente os microbianos, que incluem fungos e bactérias. Entre as novidades da área de soluções de base natural “que estão chegando ao mercado brasileiro”, Magro destaca um fixador de nitrogênio biológico, ainda sem previsão de lançamento comercial no país.

“Nós aumentamos o investimento de pesquisa e desenvolvimento na área de biológicos nos últimos dois ou três anos. Há uma demanda muito forte dos agricultores do mundo todo quando se trata de biológicos. Eu diria que os brasileiros, em geral, estão na liderança do uso não apenas de insumos biológicos, mas de qualquer tecnologia avançada a que tiverem acesso”, disse Magro.

O anseio dos agricultores brasileiros por inovação, segundo o executivo, está diretamente relacionado aos extremos climáticos e à pressão de pragas e doenças no campo. “Sabemos que o futuro tem que ser muito centrado em produtividade por hectare, dadas todas as pressões que os agricultores enfrentam e a necessidade que eles têm de produzir mais com menos. Nós temos que realmente progredir nesse campo de produtividade de forma sustentável”, ressaltou o CEO.

Questionado se a aposta para o futuro dos defensivos tende a ser mais “químico” ou “biológico”, Magro afirmou que a Corteva não tem preferências e que a companhia quer ter ofertas competitivas nas duas áreas. Segundo ele, mesmo as soluções químicas serão voltadas à agricultura sustentável.

Com a aquisição de Symborg e Stoller, há pouco mais de um ano, a Corteva adicionou US$ 400 milhões às suas vendas no último ano, quando a receita da companhia foi de US$ 17,5 bilhões. “Ainda é muito pequeno [o peso do negócio no total], mas não se esqueça que apenas alguns anos atrás esse número era quase zero”, frisa. A empresa trabalha com a projeção de rápido crescimento da área e estima que o mercado deverá movimentar cerca de US$ 30 bilhões até 2035, representando de 20% a 25% do mercado global de proteção de cultivos.

Quanto a novas aquisições, o executivo diz estar atento às boas oportunidades no mercado, especialmente a “tecnologias mais focadas” e que, de alguma forma, se encaixem nos “gaps” da organização. “Estamos em uma posição muito boa como empresa, temos flexibilidade financeira e um balanço muito forte”, diz o executivo.

 

Fonte: Globo rural, publicado em 15/05/2024

Fonte da imagem: Freepik

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