Empresa indiana de defensivos investe US$ 10 milhões para entrar no mercado brasileiro

Com sede em Campinas – SP, a multinacional indiana SML iniciará esta semana sua primeira operação na América Latina. A empresa atualmente fornece insumos para grandes empresas de defensivos como UPL e Syngenta e a sua entrada no Brasil marca o início do movimento desejado pela empresa de expansão dos negócios pela região.

A empresa investiu US$ 10 milhões para entrar no mercado brasileiro, sendo que metade do valor foi utilizado para aquisição de ativos como registros de insumos químicos que farão parte do portfólio da empresa para serem oferecidos aos agricultores. A outra metade será destinada à contratação de representantes da marca no país. A meta da empresa para o Brasil é atingir receitas de US$ 5 milhões até março de 2025, ao final de seu primeiro ano fiscal em operação no país.

Segundo Vitor Raposo, presidente da empresa no Brasil, a operação da empresa venderá diretamente ao consumidor final, ou seja, aos agricultores. Além disso, o fornecimento das matérias-primas para as empresas no Brasil continuará a ocorrer pela matriz na Índia.

A próxima etapa do projeto de expansão da empresa na América Latina é a entrada na Argentina, e o presidente acredita que a abertura econômica prometida pelo governo do país deve ajudar a empresa nesse processo. Segundo Raposo, a SML quer estar na Argentina até o final de 2025.

A empresa atua globalmente em diversos segmento como o de defensivos agrícolas, fertilizantes de solo e produtos biológicos. O presidente descarta ter uma fábrica no Brasil nos próximos cinco anos, mas que essa ideia faz parte do planejamento de longo prazo. De qualquer forma, a empresa pretende realizar aquisições e fusões com empresas que tenham capacidades de absorver as tecnologias.

Atualmente a produção da SML está totalmente baseada na Índia e conta com sete fábricas com capacidade de fornecimento para mais de 80 países. A receita da multinacional foi de US$ 300 milhões em 2022 e espera crescer 15% ao ano até 2025.

Fonte: Valor, publicado em 13/12/2023

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