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Biotecnologia pode auxiliar produtores contra as mudanças climáticas


Segundo o relatório do Estado Global do Clima 2023, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura média da superfície global ficou em 1,4°C acima da média histórica até novembro, tornando 2023 o ano mais quente em 174 anos de registros meteorológicos. O Brasil tem passado por essa mesma tendência e, com previsões de que o El Niño se mantenha até abril de 2024, há expectativas de que as temperaturas mais elevadas se mantenham no ano que vem, o que exige que os produtores tomem medidas de precauções para evitar impactos negativos nas culturas.

Apesar de não haver como medir forças com a natureza, existem alternativas para que os produtores consigam mitigar alguns impactos. Segundo o engenheiro agrônomo, Danilo Cunha Tornisiello, que é coordenador de pesquisa, desenvolvimento e inovação na Superbac, a biotecnologia vai auxiliar a reduzir o efeito dos fatores abióticos, como excesso de chuvas ou ondas de calor que causam estresse hídrico. Danilo complementa que a falta de água afeta diretamente o desenvolvimento vegetativo das plantas enquanto o exagero de água pode resultar em aumento de doenças fúngicas do solo, porém ambos os cenários podem ser minimizados pelo uso de fungos e bactérias considerados benéficos.

O agrônomo destaca que bactérias benéficas tolerantes a seca podem produzir substâncias que hidratam as raízes das plantas, beneficiando as plantas que estão sob estresse hídrico. Isso melhora a capacidade das culturas de enfrentar períodos de pouca água. Por outro lado, em momentos de surgimento de doenças fúngicas, as bactérias e fungos desenvolvem algumas substâncias que atuam como antibióticos e enzimas que combatem esses patógenos. Além disso, essas bactérias podem induzir resistência nas plantas, através da produção de substâncias como de ácido salicílico e ácido jasmônico.

 

Fonte: Agrolink, publicado em 18/12/2023

Fonta da imagem: Freepik

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