MERCADO
Importação de defensivos cai em volume e cresce em Dólar
As importações brasileiras de produtos defensivos agrícolas totalizaram 270.101 toneladas no primeiro semestre de 2020. O resultado representou uma queda 6,3% em volume na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, apontou a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
O Brasil comprou 130.558 toneladas de princípios ativos (queda de 7%) e 139.542 toneladas em produtos formulados (queda de 5,6%) entre janeiro e junho deste ano, divulgou a agência chinesa AgroPages.
Em termos de valores, o Brasil comprou USD 2.118 bilhões no primeiro semestre do ano, o que representou um aumento de 2,1% sobre os USD 2.075 bilhões no mesmo período de 2019. Os princípios ativos somaram USD 735.264 milhões (queda de 4%), enquanto os produtos formulados cresceram 5,6%, com USD 1.383 milhões em compras brasileiras no exterior.
“Em uma avaliação mensal, apesar da instabilidade econômica no primeiro bimestre e da calamidade pública deflagrada desde março com a pandemia da Covid-19, o valor importado foi superior a US$ 3 bilhões em todos os meses do primeiro semestre.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, é imperativo que sejam agilizadas imediatamente as medidas para aumento de competitividade, com foco no curto prazo, e estruturantes, de médio e longo prazos. Segundo ele, isso é fundamental para que o Brasil consiga superar os desafios impostos pela pandemia e viabilizar eficientemente a retomada segura da atividade econômica.
“As políticas comerciais terão um papel central nesse momento em que várias economias, especialmente asiáticas, já apontam indicadores robustos de aceleração, com elevada disponibilidade de excedentes exportáveis. O sucesso do processo de retomada econômica nacional dependerá particularmente de uma abordagem técnica, pragmática, coesa e isenta em defesa comercial, disciplina com papel estratégico no sistema de garantias da segurança jurídica contra práticas desleais de comércio, às quais o País estará ainda mais exposto nessa ‘nova ordem global’ comercial, que já começa a ganhar contornos de como será o mundo pós-pandemia”, destaca Marino.
Fonte: Agrolink, 31/07/2020
Fonte da imagem: Imagem de Free-Photos por Pixabay