USO E APLICAÇÃO
Argentina está em alerta para pulgão amarelo no sorgo
Diante do avanço do pulgão amarelo no sorgo nas cidades de Chaco, Formosa e Santiago del Estero, especialistas em entomologia do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina, destacam a importância do monitoramento permanente dos lotes e fornecem recomendações para mitigar o impacto. O Melanaphis sacchari é considerado uma das pragas mais nocivas para a cultura, pois se alimenta da seiva, reduz a absorção de nutrientes que poderiam ser usados pela planta para crescer, se desenvolver e formar os grãos.
Nas coletas realizadas nos meses de junho, julho, agosto e primeira quinzena de setembro, foram observadas colônias de pulgões amarelos em lotes de sorgo, que sobreviveram às mais de 20 geadas registradas. Violeta Casuso, especialista em entomologia do INTA, disse que as principais localidades afetadas são Las Breñas, Colonia Elisa, Hermoso Campo, Charata, General Pinedo, Tres Isletas localizadas na província de Chaco, Bañaderos, província de Formosa e El Caburé em Santiago del Estero, onde as colônias dessa praga foram registradas nas folhas inferiores dos brotos da cultura do sorgo, nas folhas e próximo às raízes dos sorgo aleppo.
O pulgão amarelo coloniza a cultura quando as plantas têm entre duas e três semanas de idade. A partir de 72 dias após a semeadura, ocorre um aumento progressivo da população da praga acima dos níveis críticos, ou seja, 50 pulgões por folha.
Se não for detida a tempo, a praga atinge o “efeito de grupo” –o pulgão atinge a superlotação e diminui o valor nutricional da planta–, o que induz as fêmeas a produzirem indivíduos alados. “A forma alada, seja em pequena ou alta quantidade, é responsável pela dispersão das populações, colonização de novas plantas e danos indiretos que consistem na transmissão de vírus”, explica a especialista.
Nos lotes em que o problema não foi resolvido, a produção foi reduzida em até 100%. “A presença de colônias de pulgões amarelos nesta época, e depois das baixas temperaturas e chuvas durante o inverno, indicaria que esta praga continuará a ameaçar as lavouras de sorgo para a temporada 2021-2022”, acrescenta.
Fonte: Agrolink – Leonardo Gottems, 05/10/2021
Fonte da Imagem: Imagem de Sijong Han por Pixabay