USO E APLICAÇÃO

Pesquisa aponta eficácia de fungicidas no controle de doenças no milho

Pesquisa aponta eficácia de fungicidas no controle de doenças no milho


Estudos realizados pela Fundação MS ao longo de 2013 apontam o grau de eficácia do uso de fungicidas para o milho safrinha. Nos ensaios conduzidos pela instituição, foi observada boa eficiência no controle de doenças foliares como a helmintosporiose – também conhecida como a mancha-marrom –, e a ferrugem polisora – considerada uma das principais doenças na cultura do milho no Brasil. No entanto, é preciso considerar a capacidade do híbrido tolerar o ataque de doenças sem prejudicar o rendimento dos grãos.

Conforme o pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Grigolli, os híbridos de milho respondem de formas diferentes a aplicação dos fungicidas e, em geral, há boa eficiência de controle. “Mas algumas doenças, como a mancha-branca, precisam de um cuidado maior, pois neste caso, a eficiência dos fungicidas é aquém do necessário”, pontua. Agora, o próximo passo a ser tomado é a condução de novos ensaios, com o objetivo de buscar materiais de milho que sofram menos com o desenvolvimento das doenças.

O produtor deve se preocupar também com o momento ideal de aplicação dos produtos. O pesquisador explica que isso depende do maquinário disponível na área. “É muito comum aplicações com milho no estágio V8 (quando a planta já está com oito folhas desenvolvidas), ou em pré-pendoamento, ou ainda em duas épocas de aplicação, no V8 e no pré-pendoamento”.

A variação climática pouco determina a tolerância dos materiais às doenças. Grigolli afirma que este é um fator mais ligado às características genéticas de cada material. “As condições climáticas podem influenciar a pressão de doenças na área, ou seja, se haverá maior ou menor incidência, mas não a resposta do material à ocorrência de doenças”, enfatiza. É essencial, ainda, que os produtores se preocupem em buscar informações das empresas detentoras das sementes que serão utilizadas no plantio, para saber se possuem boa tolerância a doenças.

Helicoverpa

Outro assunto debatido durante as apresentações dos resultados de pesquisa é a Helicoverpa. Ainda considerada nova no cenário brasileiro, ela possui grande potencial de dano e alta capacidade reprodutiva. Ela se alimenta de diversas culturas e, entre elas, está a do milho. Para o combate, o foco é a identificação e controle. A distinção das pragas é feita no Laboratório de Controle Biológico da Fundação MS, com o auxílio de lupas.

O monitoramento constante das lavouras é outro cuidado que deve ser tomado. Isso porque é mais fácil controlar a praga logo no início de seu aparecimento. “É fundamental controlar pragas de até 7 mm, pois lagartas grandes são de difícil controle. Alguns ingredientes ativos, como Flubendiamide, Espinosina, Tiodicarba, Clorpirifós, Bacillus thuringiensis, Profenofós, Indoxacarbe, entre outros, são mencionados com boa eficiência de controle”, explica o pesquisador.

Grigolli enfatiza que já foram observadas Helicoverpa spp. em diversas regiões do Estado. Os municípios de Maracaju e Dourados são alguns exemplos. “Apesar de sua ocorrência em diversas áreas de cultivo, o controle tem sido eficiente, mantendo a população da praga em níveis ainda não preocupantes”, destaca.

Algumas dicas importantes foram repassadas aos produtores, técnicos e demais profissionais do campo. O calendário de plantio, por exemplo, deve ser seguido corretamente. Além disso, é essencial o uso adequado de inseticidas. O pesquisador explica que “o nível de controle para essa praga deve ser seguido” e salienta que a recomendação aos produtores é que procurem o responsável técnico de suas lavouras para o uso correto dos inseticidas.

Serviço

As apresentações dos resultados de pesquisas da safrinha serão realizadas na próxima semana em dois municípios: Maracaju (21/11), na Câmara Municipal, e em Naviraí (22/11), na Copasul. Campo Grande e Amambai também receberão o circuito até o fim do mês. Informações podem ser obtidas no telefone (67) 3454-2631.

Programação

7h às 7h30: Inscrições e Abertura

7h30 às 8h15: Adubação de cobertura e fixação biológica de N em milho safrinha – Eng. Agr. MSc. Douglas Gitti (Pesquisador de Manejo e Fertilidade do Solo da Fundação MS).

8h15 às 9h: Resultados de milho safrinha 2013 e sugestões para safrinha 2014 – Eng. Agr. Dr André Luis F. Lourenção (Pesquisador de Fitotecnia Milho da Fundação MS).

9h às 9h15: Intervalo

9h15 às 10h: Controle de doenças em milho safrinha; Identificação e controle de Helicoverpa armigera – Eng. Agr. MSc. José Fernando Jurca Grigolli (Pesquisador de Fitotecnia da Fundação MS).

10h às 10h30: Alternativas de culturas de inverno – Eng. Agr. Carlos Pitol (Pesquisador de Fitotecnia Soja da Fundação MS).

Fonte: Jornal Agora MS

19/11/2013

 

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