USO E APLICAÇÃO

Pragas podem prejudicar a safra de milho e causar aumento de preço


“A produção brasileira de milho está estimada em 96,4 milhões de toneladas. A maior parte dessa produção está concentrada na ‘safrinha’, um período de plantio fora da época anteriormente tida como ideal, o verão”, comenta Julio Borges, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), com base nas informações mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com Julio, os desafios fitossanitários do milho na safrinha tendem a ser grandes, por causa do clima. No período de outono e inverno, por exemplo, a falta de chuvas prejudica o fornecimento de água para as plantas. Nesse cenário, a presença de plantas daninhas – como o capim-colchão, o capim-pé-de-galinha e a soja tiguera – causam uma competição por nutrientes absorvidos do solo, gerando altas perdas para a plantação de milho.

Com potencial de perda de 85% para os capins e de 40% para a soja tiguera (que aparecem voluntariamente em áreas onde há o plantio alternado de milho e soja), a produção nacional cairia das 96,4 milhões de t previstas para 14,5 milhões t – uma perda de 81,9 milhões t, algo mais do que suficiente para causar explosão no preço dos derivados do grão, o que envolve óleos, canjicas, farinhas, fubá e até mesmo de combustíveis, como o etanol de milho.

Além das plantas daninhas, os produtores de milho sofrem também com as doenças agrícolas, causadas por fungos, como as manchas foliares e a ferrugem. Pequenos inimigos, de até 3 centímetros, como a lagarta-elasmo, a lagarta-das-folhas, a larva-alfinete e, a mais comum, a lagarta-do-cartucho também são responsáveis por prejuízos médios de 20% à produtividade, já tendo alcançado 40% de perda de produção em algumas regiões.

“A solução para essas ameaças iminentes é proteger as lavouras, presentes em todos os estados e no Distrito Federal. A indústria, por meio da ciência e da tecnologia, está empenhada em auxiliar os agricultores a vencer mais esses desafios. Temos recursos modernos para controlar pragas, doenças e daninhas, que se espalham facilmente devido ao clima tropical e, rapidamente, podem criar resistência”, afirma Eliane Kay, diretora-executiva do Sindiveg.

Eliane aponta que defensivos, usados de forma correta e segura, protegem o milho sem causar prejuízo à qualidade do cultivo e à segurança do alimento oferecido à população. “Antes de serem comercializadas, as soluções são testadas e submetidas a um longo e rigoroso processo de avaliação, que leva em média 5 anos até a liberação para uso. Essa é a garantia de que esses insumos são benéficos para agricultores, comerciantes e consumidores”, finaliza.

Fonte: Sindiveg, 22/06/21

Fonte da Imagem: Imagem de Andrew Martin por Pixabay.

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