USO E APLICAÇÃO

Ferrugem asiática pode reduzir a produtividade em até 90% em áreas com incidência da doença


A ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, segue como uma das principais ameaças às lavouras de soja no Brasil. No Rio Grande do Sul, os primeiros focos da doença já foram detectados no Noroeste, conforme dados recentes do programa Monitora Ferrugem RS, que utiliza 74 coletores distribuídos pelo estado. A doença, que pode reduzir a produtividade em até 90% sob condições climáticas favoráveis, já causa preocupação.

A ferrugem asiática compromete a produtividade ao causar desfolha precoce, impedindo a formação completa dos grãos. O fungo se espalha rapidamente pelo vento, afetando praticamente todas as regiões produtoras do país. Os sintomas incluem pontuações escuras na face superior das folhas e urédias castanho-escuros na parte inferior, que produzem os esporos responsáveis pela disseminação da doença.

Desde sua detecção no Brasil, em 2001, a ferrugem tem desafiado os sistemas de manejo, sendo responsável por perdas de produtividade, dependendo do estágio da cultura e das condições ambientais.

Embora o desenvolvimento de cultivares resistentes seja difícil devido à alta variabilidade genética do fungo, o controle químico permanece como a medida mais eficiente. Práticas adicionais incluem:

  • Plantio em épocas menos favoráveis à doença
  • Uso de cultivares precoces
  • Monitoramento constante e diagnóstico precoce
  • Controle de plantas daninhas, que também podem hospedar o fungo

A assistência técnica e o monitoramento contínuo são essenciais para definir estratégias de manejo específicas para cada área, ajustando ao estádio das plantas e às condições climáticas.

 

Fonte: Agrolink, publicado em 18/11/2024

Fonte da imagem: Freepik

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