USO E APLICAÇÃO

Produtores agrícolas devem ficar atentos em relação aos defensivos a base de tiametoxam e fipronil quanto às restrições do Ibama


A Agrodefesa, Agência Goiana de Defesa Agropecuária, anunciou e orientou os produtores rurais às novas determinações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o uso de defensivos agrícolas à base dos ingredientes ativos tiametoxam e fipronil. Medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) restringindo alguns modos de aplicação desses inseticidas.

Márcio Antonio de Oliveira e Silva, coordenador de Insumos Agrícolas da Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, ressaltou que é necessário que os produtores sigam as novas recomendações de rótulo e bula, conforme definição do Ibama, e descritas no receituário agronômico emitido pelo responsável técnico.

O comunicado emitido declarou a proibição da aplicação do inseticida, utilizado em várias culturas agrícolas, por meio de pulverizações e diretamente nas folhas, sendo permitida apenas a aplicação no solo e no tratamento de sementes. Além disso, as medidas estabelecidas pela área técnica do órgão especificam os usos atualmente autorizados conforme culturas, condições e doses. O Ibama estabelece, ainda, que os fabricantes façam adequações nos rótulos e na bula dos produtos.

As medidas já estão em vigor desde a data de publicação, 22 de fevereiro de 2024, mas os produtores que haviam adquirido produtos contendo tiametoxam, antes da publicação do comunicado, poderão utilizar esses produtos até o final do estoque, conforme as orientações autorizadas quando da aquisição, respeitando-se o receituário agronômico e o prazo de validade do produto.

Já a suspensão, como medida cautelar, do uso de defensivos à base de fipronil foi publicada no Diário Oficial da União de 29 de dezembro de 2023. Está proibida a pulverização foliar em área total, ou seja, não dirigida ao solo ou às plantas. Os fabricantes também devem se adequar quanto às orientações que descrevem a toxicidade do produto.

Daniela Rézio, a gerente de sanidade vegetal, afirmou que entre as atribuições da Agência está coordenar, orientar e auditar a fiscalização do uso, do comércio, do armazenamento e do transporte interno de agroquímicos, seus componentes e afins, bem como a destinação final das embalagens vazias.

 

Fonte: Revista Cultivar, publicado em 01/03/2024

Fonte da imgem: Freepik

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