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Estado do Paraná estende a emergência fitossanitária contra o greening
O Governo do Estado do Paraná anunciou na última sexta-feira, 28 de junho, por meio do Decreto 6.356/2024, a prorrogação da emergência fitossanitária no estado por mais 180 dias. A medida visa intensificar o combate ao greening, uma das principais pragas que afetam os citros mundialmente. Com a prorrogação, espera-se maior mobilidade e efetividade no controle da doença. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Nos últimos dois anos, aproximadamente 280 mil plantas cítricas e ornamentais foram erradicadas nas regiões Noroeste e Norte do Paraná como parte das ações contra o greening, também conhecido como HLB (Huanglongbing). As medidas incluem a erradicação de plantas doentes, plantio de mudas sadias de viveiros registrados e controle eficiente do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, utilizando ativos biológicos e químicos.
Um destaque das ações de combate foi a Operação BIG Citros, realizada em agosto do ano passado, que envolveu conscientização, fiscalização e reforço nas medidas de prevenção e controle do greening. A operação contou com 40 servidores em 24 municípios, aplicando mais de 200 notificações e emitindo 20 autos de infração.
As ações são coordenadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), em parceria com produtores de citros, setor industrial, empresas de pesquisa agropecuária, cooperativas e prefeituras. “O decreto de emergência fitossanitária é um instrumento forte, mas necessário e desejado por toda a cadeia da citricultura com vistas a possibilitar medidas efetivas na tentativa de controlar o problema e garantir que a citricultura continue sendo essa atividade importante tanto do ponto de vista econômico como social no Estado do Paraná”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza.
O greening, causado pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas), afeta seriamente as plantas cítricas, resultando em queda prematura dos frutos, redução da produção e morte precoce. Os frutos ficam menores, deformados e de sabor depreciado, impactando tanto o consumo in natura quanto o processamento industrial.
Além da proibição de mudas de viveiros irregulares, são recomendadas práticas como o uso de quebra-ventos, adensamento do plantio, adubação, irrigação de qualidade e cobertura vegetal. O controle biológico do psilídeo é realizado com a Tamarixia radiata, uma vespa parasitoide criada em laboratório, que desde 2016, já teve mais de 10 milhões de exemplares lançados em áreas marginais às propriedades comerciais de aproximadamente 60 municípios. A prorrogação da emergência fitossanitária reforça o compromisso do Paraná em proteger sua produção cítrica e garantir a qualidade dos frutos.
Fonte: Agrolink, publicado em 01/07/2024
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