Reguladores alemães concluíram que o país poderia legalmente introduzir uma proibição nacional do herbicida glifosato, apesar da decisão da União Europeia de autorizar o seu uso para cinco anos mais. Os reguladores determinaram que uma proibição do glifosato seria legal porque a União Europeia seria responsável pela autorização de ingredientes ativos e os países-membros regulariam os próprios produtos.
O glifosato, desenvolvido pela Monsanto, foi introduzido através da marca Roundup na Europa em 1974. Desde então, é um dos herbicidas mais usados na região. A polêmica começou quando um relatório de 2015 da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da Organização Mundial da Saúde concluiu que o produto é “provavelmente cancerígeno”. Mas a maioria dos estudos posteriores sobre o assunto concluíram que não há evidência suficientes que possam ligar o glifosato ao câncer.
No mês passado, dezoito estados membros da União Europeia apoiaram uma nova proposta para renovar a licença para os próximos cinco anos. Depois de se abster em ocasiões anteriores, a Alemanha se posicionou a favor do movimento.
O Ministério do Ambiente do país emitiu um comunicado dizendo que a opinião foi tomada sem comunicar o departamento e que tem posição contrária a liberação do glifosato. Membros da coalizão governista dizem que são a favor do uso do produto para uso pessoal em jardins, enquanto que para o uso em cereais deveria ser limitado. Deputados também defenderam que devem ser identificadas alternativas para uso do produto.
Agrolink, 19/12/2017
