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Nova geração de herbicidas para proteger a soja
Nova geração de herbicidas para proteger a soja
A Dow Chemical apresentou nos EUA outras opções ao glifosato. As principais multinacionais disputam um negócio global de US$ 110 bilhões anuais.
Pela reiteração da fórmula, muitas das plantas que antes morriam com uma simples aplicação de glifosato foram adquirindo resistência ao herbicida. A soja RR não é a única que resiste: agora têm outros que são imunes ao produto. Nos campos da maior parte dos EUA estão presentes algumas das 25 espécies de ervas daninhas resistentes detectadas.
A Dow AgroSciences convidou um grupo de jornalistas para sua sede central de Indianápolis para mostrar uma das alternativas que vem caminhando e chegariam na América do Sul na safra de 2016/17.
Desenvolver um novo agroquímico pode demorar dez anos e demanda um investimento de aproximadamente US$ 250 milhões.
A empresa americana parece estar mais atenta e analisa essas ervas desde 2000. Seu novo sistema de controle chama-se “Enlist”, que é um sistema complexo. Por um lado serão oferecidas novas sementes transgênicas com vários “eventos empilhados”, o que significa que a soja e o milho terão resistência não somente ao herbicida glifosato, mas, além disso, ao glifosinato e ao 2,4D, e genes Bt de resistência a insetos.
A fórmula de recorrer à antiga química para defender os cultivos de ervas daninhas renovadas não é privativa da Dow, pois na Monsanto já estão “empilhando” genes para somar resistências ao Dicamba, outro de seus herbicidas.
De qualquer forma, a empresa de Indianápolis espera crescer fortemente nos próximos anos e se posicionar entre os três principais fornecedores globais do agro, junto a Monsanto e a Pioneer (Dupont).
Overseas Agro, 22/08/2014