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Novo regulador de crescimento aumenta a produção de manga
A utilização de um regulador de crescimento pode modificar a produção de manga, reduzindo custos e permitindo que a planta dê frutos o ano todo. De acordo com a ASCENZA, que está lançando o seu primeiro produto no País, o primeiro lote será destinado aos produtores da região do submédio São Francisco, em Pernambuco.
Em sua atuação, o PACLO BR inibe a síntese de giberelinas, o que acarreta na iminuição do crescimento vegetativo. Com isso, a planta cresce com folhagem mais equilibrada, promovendo diminuição de podas, diminuindo os custos e fazendo com que a árvore use sua energia de crescimento para produzir frutos melhores.
Segundo Tássio Lustoza, gerente executivo da Valexport, a chegada do produto à base de Paclobutrazol é uma reivindicação antiga, sendo que a solicitação do registro do PACLO BR no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ocorreu há sete anos. Ele explica que os produtores de manga do Brasil necessitavam de produtos que trouxessem uma redução de custos para o País.
“A Valexport, a CNA (Companhia Nacional do Abastecimento) e a Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados) estiveram envolvidas no processo, com o objetivo de agilizar o registro junto ao Mapa, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), entre outros órgãos oficiais. A chegada é comemorada por todos, uma vez que deve reduzir custos de produção em pelo menos R$ 500 por hectare, além de facilitar a poda, a colheita e a florada”, explica.
Para o diretor técnico da Abrafrutas, Jorge Souza, a manga brasileira não consegue ser competitiva no mercado internacional devido aos altos custos e à ausência da prática do livre mercado no setor. Com essa aprovação, segundo ele, esse panorama deve mudar nos próximos anos. “Nosso trabalho consistiu em mostrar ao poder público a necessidade de agilizar essa aprovação do produto. Conseguimos acelerar o registro principalmente na etapa final”, comenta.
Agrolink – Leonardo Gottems, 05/04/2019
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