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Syngenta investe no mercado pecuário com tecnologias para pasto

Syngenta investe no mercado pecuário com tecnologias para pasto


Como parte da estratégia para expansão de seu portfólio de proteção de cultivos, a Syngenta iniciou a comercialização de tecnologias voltadas ao cultivo de pasto. Primeiramente focada no Cerrado, a proposta da empresa é fomentar o aumento da tecnificação das áreas de pastagem com novas opções de defensivos e tratamento de sementes. O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, investe pouco nesse segmento. Esse fator contribui para uma baixa produtividade: em média, menos de uma cabeça de gado é criada por hectare no país.

Esse é justamente um dos principais entraves do sistema de pecuária extensiva, responsável por cerca de 93% do rebanho: a baixa qualidade das pastagens, principal fonte de alimentos dos animais, e, consequentemente, um baixo aproveitamento de área. Uma das principais razões são as pragas, entre elas, a cigarrinha-das-pastagens, um inseto sugador que se alimenta apenas de gramíneas e pode destruir até 100% do pasto.

O inseto injeta uma toxina que interfere na síntese da clorofila, atrapalhando o crescimento da planta e gerando uma pastagem amarelada e com menos nutrientes para o gado. “A cigarrinha cria um problema que atinge diretamente o bolso do pecuarista, já que com uma pastagem danificada, é necessário investir em suplementos para a dieta animal”, explica o gerente de Novos Negócios da Syngenta, Tulio Teodoro.

A aposta da empresa é o inseticida Engeo Pleno, já usado em culturas como soja e milho, que teve seu registro estendido para pastagens. O produto tem como principal diferencial o efeito residual, que protege as plantas contra as cigarrinhas ninfas (fase intermediária entre a larval e a adulta) e adultas, aumentando o controle e qualidade da gramínea.

O Brasil segue como o segundo principal exportador de carne bovina do mundo, com mais de 172 milhões de hectares de pastagem e cerca de 209 milhões de cabeças de gado, mas segundo Teodoro, há potencial para ir além. “Existem mais de 50 mil pecuaristas no Brasil. Todos têm em comum o cuidado com o gado e nós queremos mostrar que tratar o pasto faz parte disso”, conta o executivo.

Cenário MT, 12/11/2014

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