NOVAS TECNOLOGIAS
Brasil abre caminho para controle de plantas daninhas por meio de edição genética
A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) acaba de dar luz verde no Brasil a uma tecnologia de controle de plantas daninhas por meio de edição genética.
A agência reguladora brasileira concluiu que a solução CRISPR da BioHeuris não produz plantas consideradas OGMs (Organismos Geneticamente Modificados), segundo decisão oficial.
As ervas daninhas sempre foram uma preocupação primordial para a agricultura. Embora os agricultores de todo o mundo gastem mais de US$ 23 bilhões em herbicidas para controlá-los anualmente, novas ervas daninhas resistentes estão se espalhando mais rápido do que nunca. O problema se deve em parte ao uso repetido de um número limitado de herbicidas.
A start-up de biotecnologia argentina BioHeuris espera resolver esse problema trazendo aos agricultores uma estratégia de controle de pragas de última geração usando biologia sintética e edição de genes CRISPR.
Usando ensaios de evolução de proteínas de alto rendimento em microrganismos, o BioHeuris pode imitar em laboratório em semanas o que levaria centenas de hectares e anos de testes de campo para realizar. Com esta plataforma miniaturizada de última geração, milhares de variações de genes de plantas podem ser descobertas e classificadas pelo nível de tolerância a herbicidas que elas fornecem.
A sede da BioHeuris, tanto as instalações da planta quanto os laboratórios estão localizados no Parque Científico de Rosario, Argentina, onde a maior parte do trabalho é realizada. Eles também estão ampliando as operações em seu laboratório nos EUA localizado no Helix Center em Saint Louis, Missouri.
Fonte: AgroPages, Leonardo Gottems – 17/01/2022
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