NOVAS TECNOLOGIAS

Equipe de pesquisadores chineses desenvolvem nova tecnologia para controle da queima da bainha do arroz


A queima da bainha do arroz é uma doença causada pelo fungo Rhizoctonia solani, o qual tem o potencial para causar reduções de 10% a 30% da produção do grão e, em casos graves esse número pode ultrapassar 50%. Atualmente, as perdas resultantes dessa praga podem ultrapassar US$ 2 bilhões no mundo todo.

Buscando soluções para o problema, uma equipe de pesquisadores orientada pelo professor da Escola de Proteção de Plantas da Universidade de Yangzhou, Chen Xijun, desenvolveu um novo nanopesticida para a prevenção e tratamento da doença. Além de altamente eficaz, a tecnologia não apresenta efeitos tóxicos.

Segundo o professor, esse fungo é transmitido pelo solo e pode prejudicar gravemente as plantações, se disseminando de maneira rápida e destrutiva. Chen comenta também que o patógeno apresenta uma grande variedade de hospedeiros, afetando também culturas como trigo, milho, algodão e inúmeras frutas e vegetais, sendo de difícil controle.

As alternativas de controle atuais compreendem a alguns defensivos químicos. Contudo, a praga rapidamente tem se tornado resistente às moléculas disponíveis, fazendo com que o desenvolvimento de métodos mais eficientes e sustentáveis seja prioridade, segundo Chen.

Estudos sobre silenciamento genético atuaram como base no desenvolvimento da nova tecnologia. De maneira geral, essa técnica se baseia na pulverização de partes do material genético do próprio patógeno sobre a planta que atuam sobrea praga e a eliminam. A tecnologia não necessita de modificação genética na planta, se mostra fácil de utilizar e não induz pragas resistentes.

Apesar disso, segundo Chen a pesquisa não é simples. Para superar os desafios, a equipe de pesquisadores realizou diversos experimento e conseguiu selecionar um componente de nanomateriais que pode carregar com eficácia o material genético que é aplicado. Com isso, foi possível criar o nanopesticida que, em experimentos mostrou um controle muito eficiente, acima de 80%, contra Rhizoctonia solani.

Atualmente, a desvantagem dessa tecnologia são os altos custos e equipe agora atua para otimizar a produção e reduzir o preço do ativo.

 

Fonte: Agropages, publicado em 31/10/2023

Fonte da imagem: Freepik

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