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AgBiTech lança novo biodefensivo para lagartas em áreas de algodão


A AgBiTech Brasil anuncia o lançamento de uma ferramenta de controle biológico que, conforme pesquisas recentes, permite reduzir acima de 95% da população de mariposas em áreas de algodão. Descrito conceitualmente como um ‘atrativo’ para mariposas, 100% natural, composto por uma mistura inédita de extratos de plantas, o produto Chamariz é também seguro, eficaz e seletivo a insetos, inclusive a abelhas, de acordo com a empresa de origem australo-americana.

A recomendação da companhia ao produtor é iniciar aplicações de Chamariz, aéreas ou terrestres, quando houver aumento no pico populacional de adultos. “O monitoramento de mariposas é essencial”, assinala Marcelo Lima, engenheiro agrônomo, gerente de pesquisa & desenvolvimento da AgBiTech. “O produto atrai às mariposas e as controla pela ação de um inseticida ‘adulticida’, misturado em baixa proporção, impedindo o desenvolvimento da praga e seu avanço na lavoura da pluma”, explica ele.

Conforme Lima, Chamariz resulta de um processo de inovação surgido na Austrália e estendido ao Brasil, em caráter experimental, há cerca de dois anos. No País, tem sido analisado conjuntamente entre grandes produtores, órgãos oficiais, escolas de agronomia, como a UFG – Universidade Federal de Goiás -, e a área de pesquisa & desenvolvimento da AgBiTech.

Análises realizadas até o momento, conforme a empresa, apontam que Chamariz registra desempenho surpreendente sobre mariposas de Spodoptera frugiperda, Spodotera eridania, Spodoptera cosmioides, Anticarsia gemmatalis, Elasmopalpus lignosellus, Helicoverpa armigera, H. zea, Chloridea virescens e outras.

Para os pesquisadores, o produto dará origem a um novo estágio evolutivo na adoção do controle por atrativos alimentares no algodoeiro, que, adicionado ao controle biológico, “representará um marco no manejo integrado de pragas nesse cultivo”, diz Marcelo Lima. Segundo a AgBiTech, Chamariz entrega diferenciais amplamente favoráveis ao produtor, também, quando atrelado a manejo de resistência de pragas a inseticidas químicos e biotecnologias.

“Se o produtor mantiver esta ferramenta no campo, por meio de armadilhas ou faixas, terá chance de eliminar um percentual significativo de ovos e, consequentemente, de lagartas de sua área”, enfatiza a pesquisadora-doutora Cecilia Czepak, professora da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás.

“Em relação à lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens), por exemplo, sabemos que uma fêmea pode colocar em média 600 ovos. Isto equivale a dizer que se retirarmos, semanalmente, 50 fêmeas da lavoura, evitaremos, por controle comportamental, a eclosão de pelo menos 30 mil lagartas”, explica Cecilia. “Nos testes, já conseguimos coletar, numa única armadilha, mais de 1 500 mariposas de falsas-medideiras. Um cálculo grosseiro, portanto, permite concluir que se metade deste montante fosse formado por fêmeas, impedimos a eclosão de 450 mil lagartas”, exemplifica ela.

Fonte: Grupo Cultivar, 11/03/2021

Fonte da Imagem: Imagem de DerWeg por Pixabay.

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