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Citricultores precisam buscar outros produtos para controle do psilídeo no Brasil
É no momento atual, de transição entre primavera e verão, que os citricultores enfrentam a principal praga da citricultura, o psilídeo. O inseto é o vetor da bactéria causadora do greening, o qual tem resultado em grandes perdas na produção mundial de citros. Com base em uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Resistência de Artrópodes da Esalq/USP, o Fundecitros divulgou em junho de 2023 que identificou a resistência de psilídeos a inseticidas piretróides e neonicotinoides.
Mais recentemente um novo estudo realizado pelo mesmo laboratório da Esalq/USP constatou o início de resistência dos psilídeos também aos organofosforados.
Segundo Jeisiane Andrade, Agrônoma de Campo da Linha Citrus da Corteva Agriscience, o inseto transmite a bactéria ao picar a planta, distribuindo-a rapidamente pela estrutura vegetal. A infestação faz com que a planta não consiga distribuir os nutrientes corretamente, resultando em manchas amareladas nas folhas como um dos primeiros sintomas.
A agrônoma diz que o momento de brotações no pomar é o mais favorável para o psilídeo, sendo o momento no qual a ninfa se alimenta dos ramos mais jovens, e o momento mais crítico se dá quando há um grande volume de brotações. Uma vez que a presença da praga é identificada não há o que fazer. Assim os citricultores precisam atuar de maneira preventiva. O que se tem visto são produtores mudando de localidades buscando evitar o inseto.
Jeisiane conclui comentando que o manejo com os insetidas deve ocorrer em todo o período da cultura, com 24 aplicações em média ao longo de 12 meses. Com o aumento da resistência, o Fundecitros tem recomendado o uso de outros grupos químicos para um controle eficiente.
Fonte: Agrolink, publicado em 07/12/2023
Fonte da imagem: Freepik