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Flexibilização de controle de pesticidas pela França


Gabriel Attal, primeiro-ministro da França, anunciou que a França abandonará os rígidos controles nacionais sobre as vendas de pesticidas em benefício de um indicador mais flexível utilizado na União Europeia. Este movimento visa acalmar os agricultores inquietos e atender a uma demanda de longa data, abandonando o indicador NODU. Esse indicador foi criticado pelos agricultores, em favor do HRI-1, utilizado em toda a UE para medir o progresso na redução do uso de pesticidas até 2030.

Durante uma conferência de imprensa, Attal revelou outra medida na qual a França proibirá as importações de produtos alimentares contendo vestígios do pesticida tiacloprido, atualmente proibido na UE. Essa decisão prevê garantir que os agricultores franceses não enfrentem desvantagens em relação aos concorrentes estrangeiros. Esta proibição entra em vigor a partir de sexta-feira (23/02), em resposta aos protestos de agricultores irritados contra a burocracia verde da UE e a concorrência de importações com padrões ambientais diferentes.

Além disso, o primeiro-ministro afirmou que a recusa em aderir estritamente às diretrizes da UE sobre pesticidas era uma demanda dos agricultores. Apesar das críticas à metodologia do indicador HRI-1 pela UE, a França seguirá essa abordagem em seu plano para reduzir pela metade o uso de pesticidas até 2030. Este anúncio ocorre em meio a protestos generalizados na França e na Europa.

De acordo com Attal, o trabalho agrícola seria incluído em uma lista de setores da economia com escassez de mão de obra, facilitando aos empregadores a obtenção de vistos temporários para trabalhadores migrantes. O novo plano do governo sobre pesticidas será apresentado na l’Agriculture, feira agrícola anual de Paris.

Fonte: Leonardo Gottems – AGROLINK, publicado em 22/02/2024

Fonte da imagem: Freepik

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