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Insetos podem causar até R$5 bilhões em prejuízos na cana


Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de cana-de-açúcar, na safra 22/23, cresceu 3,4% em relação à anterior. Destaque para a região Sudeste que, além de ser a maior produtora nacional, apresentou aumento de 4% com relação a 21/22, graças ao incremento de produção. Apesar dos altos níveis de produtividade, o manejo das pragas deve ocorrer de maneira correta durante todo o ciclo.

Considerada uma das pragas de maior expressão e presente em todo o território nacional, a broca-da-cana (Diatraea saccharalis) é uma mariposa que afeta a produtividade do canavial e a qualidade da produção do açúcar e do etanol, causando grandes prejuízos. As consequencias da ação da broca incluem a morte de gemas apicais, entrenós enfraquecidos, formação de raízes indesejadas e surgimento de brotações laterais. Ademais, a presença do inseto pode também propiciar o desenvolvimento de fungos e afinamento do caule.

A incidência crescente dessa praga é muito influenciada por fatores climáticos, como temperaturas elevadas e chuvas abundantes, além de outros fatores de manejo, sendo que os prejuízos decorrentes dessa praga já foram avaliados em até R$5 bilhões.

Outro inseto com grande relevância no que diz respeito ao potencial de destruição é o bicudo-da-cana (Sphenophorus levis). Esse besouro causa diversos impactos como o apodrecimento das touceiras, falhas na brotação e morte da planta, podendo gerar perdas na colheita de até 25 toneladas por hectare e reduzindo a longevidade da cultura.

Atacando o sistema radicular, o migdolus também é uma praga que pode resultar em grandes perdas e merece atenção. Sua ação causa falhas nas brotações das soqueiras, morte em reboleiras, além de uma reforma precoce do canavial, sendo fundamental o acompanhamento deste e de outras pragas além do manejo correto delas.

 

Fonte: Canal Rural, publicado em 17/09/2023

Fonte da imagem: Freepik

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