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Impactos do conflito na Ucrânia para o mercado de defensivos no Brasil


A invasão da Ucrânia ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, impactou na alta histórica no barril de petróleo, onde os preços já alcançaram a marca de US$ 135/barril na 1ª semana de março.

O petróleo é utilizado como fonte para a produção de diversos intermediários químicos que fazem parte das sínteses dos defensivos, além de estar envolvido diretamente no preço dos combustíveis e, plásticos para embalagens.

Com isso, a cadeia de produção de todos os defensivos químicos deve ser impactada, onde os custos para sua produção irão se manter elevados, e os preços dos defensivos já se apresentam em alta.

Além disso, o conflito agrava ainda mais a cadeia logística mundial, que sequer se recuperou dos gargalos causados pela pandemia em 2021. Os maiores grupos de transporte de contêineres do mundo relataram que, as sanções contra a Rússia já começaram a impactar no comércio, causando atrasos e detenção de cargas, o que resulta no agravamento da falta de contêineres disponíveis para transporte marítimo. Outro problema é o custo do seguro para os navios, que já registram aumentos consecutivos nas regiões próximas ao conflito.

No Brasil, o produtor rural deverá sentir impactos de aumento de custo de produção no campo no médio prazo. A alta do combustível irá resultar no maior frete e, os gargalos logísticos deverão manter os atrasos nas entregas pelo menos durante o 1º semestre de 2022.

 

Fonte: Global Crop Protection, 08/03/2022

Fonte da Imagem: Pixabay

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