Brasil é referência no destino correto de embalagens de defensivos

O destino ambientalmente correto de sobras de produtos e embalagens é almejado por diversos setores da indústria. Para os defensivos, o desafio de 20 anos atrás era conseguir dar um destino correto a 700 mil toneladas de embalagens de produtos. O sucesso deste processo só foi possível com a criação do o inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias em 2002. O instituto não somente realiza a destinação das embalagens como também transforma parte do material, que seria incinerado, em novos produtos.

O inpEV surgiu com o objetivo de gerir o sistema de logística reversa das embalagens vazias da indústria de defensivos. A legislação criada para estabelecer esse processo estabelece a responsabilidade de cada agente desta cadeia de custódia de embalagens.O agricultor após a utilização de um produto em sua propriedade, realiza a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão da embalagem, a inutiliza e devolve no local descriminado na nota fiscal.

A indústria de defensivos, representada pelo inpEV, fica responsável pela logística e destinação final dos materiais recebidos. Boa parte desses materiais são reciclados e transformados em outros produtos, podendo gerar uma nova embalagem de defensivo agrícola ou outros artefatos plásticos homologados. Na prático, o que ocorre é uma economia circular, e o processo é fiscalizado pelo poder público.

Apenas no ano de 2022, foram destinadas de forma ambientalmente correta 52,5 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Durante sua existência, o setor evitou a emissão de cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera.

No Brasil, a logística reversa de embalagens de defensivos recicla cerca de 93% de todas as embalagens que são produzidas no país, nos tornado uma referência neste assunto. Vale ressaltar que o trabalho só é possível pela atuação conjunta de diferentes elos da cadeia, desde os agricultores, os canais de revenda, indústrias e poder público. Essa atividade, minimiza os impactos ambientais e auxilia na redução da geração de efeito estufa, tornando esse processo sustentável.

Fonte: Globo Rural, publicado 01/10/2023

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