USO E APLICAÇÃO

Nova estratégia de controle do greening em citros por manejo externo


O Controle Biológico (CB), especialmente com macro-organismos, tem vários procedimentos básicos, destacando-se:

1- Controle Biológico Clássico, também conhecido como introdução, no qual o inimigo natural de uma praga exótica é importado do país de origem da praga.

2- Controle Biológico Conservativo ou Natural, no qual tenta-se preservar e se possível aumentar o que já existe, com a utilização de produtos seletivos, rodízios de princípios ativos dos inseticidas, com refúgios para os inimigos naturais e mesmo com alimentos oferecidos (néctar, pólen etc.) a tais agentes de controle, entre outras medidas.

3- Controle Biológico Aumentativo (ou Aplicado, nome dado, por alguns, por se assemelhar mais ao uso de inseticidas, principalmente na sua rapidez de ação sobre as pragas). Este método prevê a produção em larga escala (criações massais) de agentes de controle biológico e sua liberação nas áreas comerciais para o controle das pragas; são utilizados em áreas maiores ou abertas (“Open fields”).

Os três procedimentos descritos são voltados para o interior das áreas comerciais plantadas. Agora surge um 4º procedimento para o qual o controle é dirigido para áreas externas. É o caso do controle do psilídeo-dos-citros (Diaphorina citri), transmissor das bactérias causadoras do huanglongbing (HLB) ou “greening” com uso do parasitoide de ninfas.

Esse 4º procedimento é chamado de Manejo Externo, no qual se procede à liberação do inimigo natural nos focos de contaminação externos ao pomar e que são fonte das bactérias responsáveis pela doença.

Visando atender à crescente necessidade de sustentabilidade na produção agrícola foram iniciadas pesquisas, ainda em 2004, na busca de medidas de controle da praga que evitassem ou reduzissem o uso de agroquímicos nos pomares.

A partir dos estudos básicos passou-se a produzir o inseto, sobre o seu hospedeiro natural criado em plantas de murta (Murraya paniculata), e em larga escala. Foram instaladas 10 biofábricas, no estado de São Paulo (9) e Paraná (1) produzindo o inimigo natural em laboratório.

Estes insetos passaram a ser utilizados de forma diferente, ao invés de liberá-los dentro do pomar produtivo, no qual se deseja o controle, eles são liberados naqueles focos externos à área comercial, já mencionados, para promover o controle do psilídeo antes que ele possa migrar e levar a doença.

Tais áreas se localizam, em média, de 1,5 a 2,2 km de distância do pomar produtivo, e possuem algum dos hospedeiros do psilídeo (Citrus ou murta), que geralmente já se encontram infectados pelas bactérias.

 

Fonte: Globo Rural, 01/07/2022

Fonte da Imagem: Pixabay

Tags

Notícias Relacionadas

Close