USO E APLICAÇÃO

Prejuízos com nematóides chegam a 35 bilhões de R$ por ano


Causadores de prejuízos que chegam a aproximadamente R$ 35 bilhões por ano, sendo cerca de 16 bilhões somente na sojicultura, conforme dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), os nematóides são outro inimigo oculto dos produtores de soja.

Segundo a nematologista e proprietária da Agromax, Tatiane, atualmente os nematóides estão entre as pragas e doenças mais importantes na sojicultora brasileira. “É uma perda financeira gigantesca e o problema é que trata-se de um organismo que fica embaixo da terra e afeta diretamente a produtividade da soja”, alerta. Ela informa que o nematóide Pratylenchus brachyurus é nativo do Brasil e de vários países da América do Sul e outros foram trazidos de outras regiões. “Eles penetram no solo e entram na raiz da planta, se alimentando do conteúdo da raiz. E a planta tem dificuldade para absorver água e nutrientes, o que compromete seu desenvolvimento e produtividade.

No caso do nematóide Pratylenchus brachyurus, que é nativo, a nematologista orienta que uma das formas de controle é cultivar culturas que ele não gosta (não multiplica) como as crotalárias, por exemplo. Já para os nematóides de cisto e de galhas, que também têm alta incidência no Brasil e em Mato Grosso, o ideal é evitar sua disseminação. “Partículas de terra numa máquina ou pneu que viaja de uma propriedade para outra pode ajudar na dispersão deles. Então é importante lavar o maquinário e outros locais que possam acumular terra. Inclusive a água que corre de uma fazenda para outra pode levar solo ‘contaminado’. Então a melhor alternativa é a prevenção”.

Químico ou biológico?

O produtor rural pode utilizar diferentes condutas para controle de nematóides. O importante é contribuir para não disseminar a praga. Em solos onde há presença desses organismos, o mais indicado é cultivar plantas que não são hospedeiras. Também há o controle varietal, alternativo, químico e biológico.

A nematologista explica ainda sobre o controle químico, “É um controle muito eficiente. São produtos com ação rápida e que matam uma boa população de nematóides”, afirma. Já o controle biológico, que ganhou força nos últimos 10 anos com o avanço nas pesquisas, é feito com organismos biológicos como fungos e bactérias. “Esses fungos e bactérias têm ações diferentes para matar os nematóides. É um controle excelente, mas há dificuldade em trabalhar com ele porque é preciso tomar cuidados que não são exigidos no controle químico, como não aplicar o produto na hora do almoço, com o sol muito quente, não aplicar num solo descoberto, com pouca matéria orgânica, por exemplo”, explica Tatiane ao comparar que o controle biológico tem uma ação mais duradoura. Ela afirma também que ambas as formas de controle podem ser usadas em conjunto, o que aumenta a eficiência. “São controles que ajudam o produtor a reduzir as perdas de produtividade.

 

Fonte: Agrolink, 11/04/2022

Fonte da Imagem: Pixabay

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