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Crise energética no exterior afeta mercado de defensivos no Brasil


O mundo tem passado por uma das piores crises energéticas da década. A falta de carvão, que representa cerca de 70% da produção de energia da China e 66% da produção de energia da Índia.

Isto, em um período em que a demanda pela energia está elevada, tanto para a produção das fábricas, resultado do aumento da demanda mundial, quanto para o uso no aquecimento das residências com a chegada do inverno nos países do hemisfério norte.

Na China, junto a essa crise, vieram as políticas ambientais adotadas pelo governo chinês, que reduziram o uso da maior matriz energética a base de carvão do país.

Na Europa a situação não é diferente. O aumento do preço do gás natural – principal fonte de energia do continente – segue disparado e, conforme os negócios reabrem, as indústrias também passam a produzir mais, o que eleva a demanda por energia. Isso ocorre em meio a proximidade do inverno, onde o gás também é utilizado como sistema de aquecimento.

Essa crise ocorre simultaneamente a um cenário de retomada da economia mundial e avanço da vacinação, colocando em risco as cadeias produtivas com aumento de custo de produção e elevado risco de fornecimento de todo o mundo.

O impacto destes fatores sobre a cadeia de defensivos no Brasil deverá ser grande. Isto porque, só no ano de 2020, no Brasil as importações de defensivos totalizaram 45,5% da China, 11,6% da Índia e 15,5% da Europa, ou seja, aproximadamente 73% de todo defensivo utilizado no país depende desses exportadores.

Além disso, o Brasil também vive um problema interno, com o aumento do preço do Diesel e prenúncio de uma greve dos caminhoneiros. Essa paralisação agravaria ainda mais a situação de fornecimento de produtos, uma vez que estes deverão demorar mais para chegar até o agricultor no campo.

 

Fonte: Equipe Global Crop Protection, 28/10/2021

Fonte da Imagem: Imagem de catazul por Pixabay

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